Muita gente ainda se perde no conceito de Design de Interiores.
A pergunta mais comum é: " É igual decoração? É o mesmo que arquitetura? É arte? "
A resposta pra essas três perguntas é "Não!". O Design de Interiores atua, em partes, no mesmo mercado da decoração, da Arquitetura, e por vezes da arte, porém não se define como tais.
É muito comum essa confusão com relação ao que exatamente vem a ser o Design e por conseguinte o Design de Interiores.
O Design apesar de ter surgido já há algum tempo ( com a Revolução Industrial em meados do século XIX - ainda não como profissão, mas como demanda da sociedade), é uma atividade que está atingindo seu ápice nos tempos atuais, no qual as pessoas estão começando a se conscientizar da necessidade do design e seu valor impresso na vida cotidiana.
Há pouco, o Design de Interiores (difundido com o nome de Decoração) era reconhecido como uma atividade fútil e pouco necessária à vida humana, destinada exclusivamente à classe A da sociedade, por ser considerada uma atividade ligada apenas à estética, e por isso vinculada a idéia de futilidade, ou capricho. Um equívoco! (Hoje conseguimos perceber o valor da imagem e da estética.)
O Design de Interiores, em contraposição à Decoração, vem ligar estética e função.
O Design em seu conceito mais amplo, significa projeto.
É o estudo, idealização, configuração, concepção, elaboração e especificação de um objeto/ambiente.
É uma atividade que exige conhecimentos técnicos aprofundados e muita criatividade orientada para uma intenção específica e objetiva, um conceito, ou para a solução de um problema.
Além disso o Design durante sua história sempre esteve ligado à produção em massa herdada dos tempos de Revolução Industrial e depois adquirindo outras aplicações desvinculadas da produção em massa, mas excessivamente ligadas à funcionalidade do objeto/ambiente. Como é o caso do Design de Interiores.
Sendo assim, o Design de Interiores se difere da Decoração por unir estética e função; da Arquitetura por ser muitas vezes ligado à linha de produção (industrializados), e da arte por ser funcional. A arte em seu conceito mais puro, não se preocupa com a solução de problemas ou funcionalidade e aplicação à uma demanda ligada à atividade humana, está mais preocupada com a experimentação psico-sensorial.
Design de Interiores:
Arquietura:
Arte (instalações):
Os projetos de Design, e de Design de Interiores, expressam estudo da demanda e das atividades humanas, buscando necessariamente soluções e implicando na interferência direta das relações homem-homem, homem-ambiente, homem-objeto e consequentemente nas atividades ali realizadas.
A sociedade, como dito anteriormente, costuma perceber o design apenas por suas intervenções estéticas, no entanto, a preocupação do design está na união da forma e função.
Nota-se hoje uma melhor aceitação da profissão e do profissional, acredito eu, ligada ao crescimento da produção industrial contemporânea, imprimindo mais significantemente a importancia da concepção e acabamento formal de produtos/ambientes, sendo possível perceber a conquista de um melhor posicionamento de um produto/serviço no mercado devido a esse casamento dos valores estéticos aliados as funcionalidades, otimizando e ganhando destaque.
É o que nós, profissionais da área, chamamos de amarrar um conceito e explorá-lo até que esteja saturado. Dessa forma, conseguimos otimizar a produção e o cumprimento da função seja esta, função-atividade, ou/e função estética.
Bens podem se tornar mais desejados apenas com alterações em sua abordagem de design.
Haja visto o exemplo da Apple, que consegue provocar sentimentos de necessidade quase incontrolável em seus consumidores através dessa super-exploração do conceito vital de sua marca e produtos, conquistando um valor superior no mercado.
Com esse exemplo, justificamos o crescimento do reconhecimento da atividade, da profissão e dos profissionais, e sua fatia de mercado.
"Design-se"!
Thaís Magalhães
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